Sou o dia..

Ainda está cedo. Excluo demais o dia. Talvez porque à noite temos as estrelas, pontos de luz e razão. Mas temos o sol em pleno dia... e o orvalho prematuro de uma tempestade. Sou o dia. Os raios de luz penetrantes em minha janela, a mistura óptica do amarelo. E aproveitando que ainda é cedo... o ar é rarefeito, daqueles úmidos e que brincam nos pulmões, e no modo como arrepiam os poros levemente ao passarem de raspão. Não preciso do escuro da noite para fechar os olhos e sentir. Inclusive, agora preciso mesmo de cura pós penumbra. De um colírio ou um alívio após a chuva. E de calor... bastante calor.